quarta-feira, 8 de julho de 2015

Leituras das aulas 6,7, 8 e 10

FICHAMENTO AULA 6

Título e subtítulo da obra:
HIPERTEXTO, FECHAMENTO E O USO DO CONCEITO DE NÃO-LINEARIDADE DISCURSIVA
Autor(es):
Marcos Palácios
Organizador (es):

Coordenador (es):

Editor (es):

Tradutor:

Título e subtítulo do capítulo:

Autor (es) do capítulo:

Edição:
Nº8
Local de publicação:
Rio de Janeiro
Editora:
Lugar Comum
Data da publicação:

Coleção:

Páginas:
p. 111-121
Intervalo de páginas do capítulo:
10
Volume:
Único
Disponível em:
Acesso em:
06/07/2015



RESUMO 10 LINHAS

A ideia de narrativa proposta por Aristóteles (350 a.C.) determina que ela deve ter início meio e fim. Entretanto, na internet essa narrativa tradicional, perde espaço para as narrativas hipertextuais, com estruturas multineares e portanto se na proposição do filósofo grego a narrativa tinha obrigatoriamente um fim, as novas narrativas quem escolha, o modo de leitura e se chega ao fim é o leitor. Este expediente de múltiplas formas de leituras dos textos foi usado primeiramente na literatura, e passou a ganhar força no jornalismo na web. Outra ideia emprestada da literatura e dos filmes é a sequência discursiva e a sequência cronológica, dessa forma a narrativa vai ser contada de acordo com o enfoque dado pelo jornalista e não pela ordem cronológica dos acontecimentos.

PRINCIPAIS CITAÇÕES + Nº DA PÁGINA
“A Poética de Aristóteles (350 a.C.)  já determinava claramente que uma Narrativa deve ter  Início, Meio e  Fim...” (Palacios, 1999, p.3).
“Uma narrativa tradicional, ou seja, não hipertextual, independentemente de que suporte esteja sendo usado, chega sempre a um fim” (Palacios, 1999, p.3).
“Com o Hipertexto, o Fechamento não se dá, ou pelo menos não se dá da forma à qual estamos habituados” (Palacios, 1999, p. 3).
“Nossa experiência de leitura dos Hipertextos deixa claro que é perfeitamente válido afirmar-se que cada leitor, ao estabelecer sua leitura, estabelece também uma determinada "linearidade" específica, provisória, provavelmente única. Uma segunda ou terceira leituras do mesmo texto podem levar a "linearidades" totalmente diversas, a depender dos links que sejam seguidos e das opções de leitura que sejam escolhidas, em momentos em que a história se bifurca ou oferece múltiplas possibilidades de continuidade” (Palacios, 1999, p. 4).
“A narrativa é (...) uma sequencia duplamente temporal (...): Há o tempo da coisa contada e o tempo da narrativa (o tempo do significado e o tempo do significante). Essa dualidade não só torna possíveis todas as distorções temporais que são lugar comum nas narrativas ( três anos da vida do herói sintetizados em uma ou duas sentenças numa novela ou algumas cenas num filme, etc) (...) o que nos leva a pensar que uma das funções da narrativa é inventar um esquema temporal em termos de um outro esquema temporal” (Metz, 1983, apud Palacios, 1999, p. 4).
“Parece-nos que a apropriação das idéias trabalhadas por Liestøl levam a uma melhor caracterização do Hipertexto enquanto estrutura discursiva Multi-Linear, um termo que consideramos muito mais preciso e mais apropriado do que Não-Linear, por traduzir mais adequadamente a multiplicidade de possibilidades de construção e Leitura abertas pelo Hipertexto”(Palacios, 1999, p. 10).


BIBLIOGRAFIA ABNT

PALÁCIOS, Marcos. Hipertexto, fechamento e o uso do conceito de não-lineariedade discursiva. Lugar Comum, Rio de Janeiro, n. 08, p. 111-121, 1999. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/1999_palacios_hipertexto_naolinearidade.pdf



FICHAMENTO AULA 7

Título e subtítulo da obra:
Pirâmide invertida na cibernotícia: argumentos pró e contra
Autor(es):
Fernando Zamith
Organizador (es):

Coordenador (es):

Editor (es):

Tradutor:

Título e subtítulo do capítulo:

Autor (es) do capítulo:

Edição:

Local de publicação:

Editora:

Data da publicação:

Coleção:

Páginas:
9
Intervalo de páginas do capítulo:
1-9
Volume:

Disponível em:
Acesso em:
06/07/2015



RESUMO

No ciberjornalismo existe uma grande discussão acerca do uso ou não da pirâmide invertida na elaboração das cibernotícias, alguns defendem que sem a pirâmide invertida o jornalista não conseguirá passar a mensagem para o internauta; outros defendem que a pirâmide invertida acaba com as possibilidades de hipertextualidade, que é uma característica potencial da web. É consenso entre os pesquisadores de que a pirâmide invertida é a melhor forma de redigir matérias hard news. Torres (2004) defende que a pirâmide invertida será substituída na internet por um formato de taça de champanhe, com a história sendo contada em pequenos pedaços, como em um romance.


PRINCIPAIS CITAÇÕES

“A pirâmide invertida (...) consiste na hierarquização das informações do mais para o menos importante. Os acontecimentos não são relatados por ordem cronológica, mas sim por ordem de importância” (Zamith, 2005, p. 1-2).
“No ciberjornalismo também só se justifica questionar a utilidade da pirâmide invertida na redacção de notícias “fortes”, “directas”, dado que nas restantes se proporciona mais o uso de outras técnicas que cativem o leitor e aproveitem as potencialidades de um meio convergente” (Zamith, 2005, p. 3).
“No webjornalismo a pirâmide é substituída por um conjunto de pequenos textos hiperligados entre si” (Canavilhas: 2003, apud Zamith, 2005, p. 5).
“os utilizadores preferem navegar livremente num texto separado por blocos, a seguir obrigatoriamente a leitura de um texto compacto seguindo as regras da pirâmide invertida” (Canavilhas, 2003, apud Zamith, 2005, p. 6).
“Um meio hipertextual como a web exige começar a utilizar formatos que aproveitem a possibilidade de fragmentar o discurso informativo, e de criar, portanto, níveis de profundidade documental. E a pirâmide invertida, um formato intrinsecamente monolítico, não facilita esse trabalho” (Salaveria, 2004, apud Zamith, 2005, p. 6).
“Mario García (Torres, 2004: 112) também acredita que a pirâmide invertida virá a ser substituída na Internet por outra técnica redactorial, a que chama “taça de champanhe”: “(…) a história flúi graciosamente, apertando-se para um ponto de interesse ou de excitação”. García explica que, neste formato, a história é contada em pequenos pedaços (chunks), com a excitação renovada mais ou menos em cada 21 linhas, o que ajuda o leitor a manter o interesse ao longo de toda a história, à semelhança do que acontece com um bom romance” (Zamith, 2005, p. 6-7).
“Se repararmos com atenção, praticamente todos os autores concordam que estas hard news devem ser construídas numa estrutura piramidal, baseada num título e num lead/entrada/abertura fortes, conclusivos, que vão directos ao assunto, ao que é notícia” (Zamith, 2005, p. 7).


BIBLIOGRAFIA ABNT


ZAMITH, Fernando. Pirâmide invertida na cibernotícia: argumentos pró e contra.  2005. Disponível em: http://www.ca.ubi.pt/~webjornalismo/sections.php?op=viewarticle&artid=95


FICHAMENTO AULA 8

Título e subtítulo da obra:
Webjornalismo: Da pirâmide invertida à pirâmide deitada
Autor(es):
João Canavilhas
Organizador (es):

Coordenador (es):

Editor (es):

Tradutor:

Título e subtítulo do capítulo:

Autor (es) do capítulo:

Edição:

Local de publicação:
Portugal
Editora:
Universidade da Beira Interior
Data da publicação:
2007
Coleção:

Páginas:
17
Intervalo de páginas do capítulo:
1-17
Volume:

Disponível em:

Acesso em:




RESUMO

A pirâmide invertida uma das principais características do jornalismo impresso perde espaço na web, pois se antes tínhamos o espaço como um fator essencial na redação da notícia, agora o fator espaço não é o problema, na internet surgem outras possibilidades para trabalhar com as notícias, uma delas é a distribuição das informações em vários pequenos textos e não em único apenas como no impresso. Neste contexto, João Canavilhas propõe uma nova pirâmide no jornalismo, a pirâmide deitada, que distribui as informações das notícias em várias camadas. Por ser uma características mais conhecidas do jornalismo alguns pesquisadores defendem a permanência da pirâmide invertida, outros entendem que ela deve permanecer apenas nas notícias rápidas das seções últimos segundos.

PRINCIPAIS CITAÇÕES + Nº DA PÁGINA

“A técnica da pirâmide invertida pode resumir-se em poucas palavras: a redacção de uma notícia começa pelos dados mais importantes – a resposta às perguntas O quê, quem, onde, como, quando e por quê – seguido de informações complementares organizadas em blocos decrescentes de interesse” (p. 5).
“Autores como Jacob Nielsen (1996), Rosental Alves ou José Álvarez Marcos, insistem na importância da pirâmide invertida nos meios online. Outros, como Ramon Salaverria (2005, 112 y ss) reconhecem a importância desta técnica nas notícias de última hora, mas consideram-na uma técnica limitadora quando se fala de outros géneros jornalísticos que podem tirar partido das potencialidades do hipertexto”. (p.6-7).
“Usar a técnica da pirâmide invertida na web é cercear o webjornalismo de uma das suas potencialidades mais interessantes: a adopção de uma arquitectura noticiosa aberta e de livre navegação” (p. 7).
“Darnton (...)propõe uma estrutura piramidal por camadas. A arquitectura sugerida pelo autor evolui em seis camadas de informação: uma primeira com o resumo do assunto; uma segunda com versões alargadas de alguns dos elementos dominantes, mas organizadas como elementos autónomos; um terceiro nível de informação com mais documentação de vários tipos sobre o assunto em análise; um quarto nível de enquadramento, com referências a outras investigações no campo de investigação; um quinto nível pedagógico, com propostas para discussão do tema nas aulas; por fim, a sexta e última camada com as reacções dos leitores e suas discussões com o autor” (p. 7-8).
“Propõe-se uma pirâmide deitada com quatro níveis de leitura: A Unidade Base – o lead – responderá ao essencial: O quê, Quando, Quem e Onde. Este texto inicial pode ser uma notícia de última hora que, dependendo dos desenvolvimentos, pode evoluir ou não para um formato mais elaborado. O Nível de Explicação responde ao Por Quê e ao Como, completando a informação essencial sobre o acontecimento. No Nível de Contextualização é oferecida mais informação – em formato textual, vídeo, som ou infografia animada – sobre cada um dos W’s. O Nível de Exploração, o último, liga a notícia ao arquivo da publicação ou a arquivos externos” (p. 15).

BIBLIOGRAFIA ABNT

CANAVILHAS, João. Webjornalismo: Da pirâmide invertida à pirâmide deitada. Universidade da Beira Interior, Portugal, p. 1-17, 2007.


FICHAMENTO AULA 10


Título e subtítulo da obra:
Aproximación al concepto de multimedia desde los planos 
comunicativo e Instrumental
Autor(es):
Ramón Salaverría 
Organizador (es):

Coordenador (es):

Editor (es):

Tradutor:

Título e subtítulo do capítulo:

Autor (es) do capítulo:

Edição:

Local de publicação:

Editora:

Data da publicação:
2001
Coleção:

Páginas:
12
Intervalo de páginas do capítulo:
1-12
Volume:

Disponível em:
Acesso em:
06/07/2015



RESUMO 10 LINHAS

A multimidialidade é uma das potencialidades do webjornalismo. Entretanto, as pessoas 
tem uma adaptação um pouco equivocada do termo multimídia, entendendo que tendo
conteúdo em duas ou três mídias dentro do mesmo site já é considerado multimídia, de 
fato o site sim, entretanto, para se ter uma mensagem multimídia é necessário que 
essas mídias sejam amarradas e não dispostas separadamente e sem nenhuma 
ligação. Caso contrário, teremos apenas muitas mídias dentro de um site. A utilização
das mensagens multimídias é um reclame do leitor atual, que solicita informação mais
 profunda e atualizada sobre os assuntos que os interessam, a partir de textos, áudios e
 vídeos.

PRINCIPAIS CITAÇÕES + Nº DA PÁGINA
“El Cambridge International Dictionary la define (multimídia)como el uso de una combinación 
De imágenes estáticas y móviles, sonido, música y palabras, especialmente en ordenadores 
o entretenimiento (Cambridge, 2000, apud Salaverría, p.3 ).
“Así, ya en 1994, en el libro titulado precisamente Multimedia, Tony Feldman describía el 
concepto nuclear de su obra como una integración sin fisuras de datos, texto, imágenes
de todo tipo y sonido en un único entorno digital de información” (Feldman, 1994, apud
Salaverría, p. 4).
“Quando se habla de multimedia en el ámbito de la comunicación se alude a dos realidades: 
por un lado, a los lenguajes, y por otro, a los medios. En el plano de los lenguajes o plano 
comunicativo, el adjetivo multimedia identifica a aquellos  mensajes informativos transmitidos, 
presentados o percibidos unitariamente a través de múltiples medios. En el plano de los 
medios, que por concretar, denominaremos plano instrumental, multimedia equivale
 a los "múltiples intermediarios" que pueden participar en la transmisión de um producto 
informativo (Xie, 2001), tanto si éste produto es multimedia en el sentido comunicativo 
como si no lo es”(p. 4).
“Lo más común es que se describa a los mensajes multimedia como aquellos que reúnen 
en un soporte único texto, sonido e imagen estática y móvil. De entrada, esta definición
básica se podría ampliar un poco más añadiendo que, al menos en teoría, el mensaje
multimedia no tendría por qué limitarse sólo a esos tres códigos principales” (p. 5).
“El mensaje multimedia, ya lo hemos dicho, debe ser un producto polifónico en el que se 
Conjuguen contenidos expressados en diversos códigos. Pero, además, debe ser unitario.
El mensaje multimedia no se alcanza mediante la mera yuxtaposición de 
códigos textuales y audiovisuales, sino a través de una integración armónica de esos códigos 
en un mensaje unitario. Un producto informativo que sólo permita acceder a un texto, a un vídeo
 y a una grabación de sonido por separado no se puede considerar propiamente como un
 mensaje multimedia; se trata simplemente de un conglomerado desintegrado de mensajes 
informativos independientes. En suma, sería algo que, como apunta Pérez­Luque, cabría 
designar más propiamente como many media (Pérez­Luque, 1997: 198)” (p. 6).
“la integración multimedia en las empresas de comunicación ha sido adoptada por razones
y fines económicos pero, al menos hasta ahora, apenas ha alcanzado a sus productos informativos en el sentido descrito al principio de este texto” (p. 10).
“El consumidor de información de hoy demanda de los medios una información cada vez más 
profunda y actualizada sobre aquello que le interesa. Reclama imágenes que se lo muestren, 
sonidos que se lo cuenten, textos que se lo expliquen. Y los reclama al instante de haberse producido la noticia. Ningún medio clásico cumple por sí solo con todas estas expectativas
del nuevo consumidor de la información. Internet, en cambio, sí puede satisfacer hasta cierto 
punto muchas de esas demandas,si bien no lo hará con tanta calidad como la televisión con las imágenes, la radio con los sonidos y el periódico con los textos. Si las empresas de 
comunicación emplean su edición en Internet como gancho para arrastrar a la audiência
a cualquiera de esos tres medios habrán empezado a lograr una sinergia informativa, y no sólo empresarial o económica, entre sus medios” (p.10).

BIBLIOGRAFIA ABNT

PALÁCIOS, Marcos. Hipertexto, fechamento e o uso do conceito de não-lineariedade
discursiva. Lugar Comum, Rio de Janeiro, n. 08, p. 111-121, 1999. Disponível em: http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/1999_palacios_hipertexto_naolinearidade.pdf